29 julho 2006

Salmo 2 - Anotações

A – Introdução
- Salmo messiânico, e é na perspectiva que se segue a interpretação seguinte, reparemos que este salmo termina como começa o Salmo 1: Bem-aventurado
B – A Humanidade v.1 a 3 Ex: Torre de Babel
Toda a humanidade é englobada (gentes, povos, reis e príncipes) com tendência desde a queda de Adão para a rebelião (amotinam-se e mancomunam-se) imaginando o ridículo para de alguma forma se superiorizarem (imaginar coisas vãs, romper com as ataduras)
C – A acção de Deus – Justa Ira v. 4 e 5
Deus é tão superior que as vãs tentativas do homem só podem ser ridículas – veja-se a acção de Deus em Babel. Na sua Justiça, Deus poderia derramar ira e furor, no entanto a longanimidade e misericórdia de Deus, sustém temporariamente, enviando o Filho a expressão máxima destas características
D – A acção de Deus – O Amor v. 6 a 9
Deus envia O Rei, O Filho investido de Autoridade e Poder: ver a Parábola dos lavradores maus: “A meu filho ouvirão” (Mat 21:33-41)
E – Conselhos aos povos v. 10 a 12a
- Prudência, previdência, escolher bem (Luc 14:25)
- Discípulos, Espíritos ensináveis (Mat 11:29)
- Serviço e Louvor em alegria (Rom 12:1; Sal 100
- Reconhecer soberania (Filip 2:9 a 11)
F – Os dois caminhos v.12b
Ira inflamada vs Bem aventurança (Heb 2:3)

28 julho 2006

Salmo 2 - texto

POR que se amotinam os gentios, e os povos imaginam coisas vãs

Os reis da terra se levantam e os governos consultam juntamente contra o SENHOR e contra o seu ungido, dizendo

Rompamos as suas ataduras, e sacudamos de nós as suas cordas

Aquele que habita nos céus se rirá; o Senhor zombará deles

Então lhes falará na sua ira, e no seu furor os turbará

Eu, porém, ungi o meu Rei sobre o meu santo monte de Sião

Proclamarei o decreto: o SENHOR me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei

Pede-me, e eu te darei os gentios por herança, e os fins da terra por tua possessão

Tu os esmigalharás com uma vara de ferro; tu os despedaçarás como a um vaso de oleiro

Agora, pois, ó reis, sede prudentes; deixai-vos instruir, juízes da terra

Servi ao SENHOR com temor, e alegrai-vos com tremor

Beijai o Filho, para que se não ire, e pereçais no caminho, quando em breve se acender a sua ira; bem-aventurados todos aqueles que nele confiam

24 julho 2006

Israel e o Conflito no Médio Oriente

Israel é a nação do meu coração: vibro com os seus feitos, as suas vitórias, choro com as suas amarguras e problemas...

Tenho lido muitos artigos de opinião nestes ultimos dias, uns a favor do Libano, outros a favor de Israel; Conversei com um colega de origem libanesa e questionei-me sobre o meu apoio incondicional a Israel

Não há, nem nunca haverá desculpas para o terrorismo, para agressores, para raptores como o Hezbollah, Hamas, Fatah e outros que mais e até hoje Israel mantinha uma politica de auto-defesa: o olho por olho, dente por dente: um terrorista fazia-se explodir matando israelitas, sabia de antemão que a sua casa seria arrasada e os bens familiares confiscados; um israelita era raptado procedia-se a troca de prisioneiros e de seguida a retaliações eficazes e muito localizadas com os danos colaterais de apenas quem se metia - sabendo as consequencias - nos lugares errados

Mas agora Israel deixou de se defender e passou ao ataque e de tal forma que os seus ataques não foram cirurgicos mas indiscriminados tornando-se semelhante aos seus agressores... e isto doi-me, torna esta guerra suja, sem honra e sem resultados práticos (os soldados raptados ainda não foram recuperados!)

O meu apoio a Israel como nação manter-se-á sempre! Mas não neste tipo de guerra indiscriminada.
Apoiarei sempre a Israel na sua autodeterminação e autodefesa! Mas não nos ataques desenfreados.
Apoiarei Israel sempre na protecção dos seus cidadãos! Mas não no desrespeito pelos cidadãos de outrem

19 julho 2006

Epistola a Filémon - Lição 4

LIÇÃO 4 – REDENÇÃO DE CRISTO EM FILEMON

TEXTO BASE: Filémon 1 a 25

 

1. TIPOLOGIA BIBLICA

- Um tipo é quando uma pessoa, objecto ou situação representa ou representam algo de maior importância (textualmente é: isto serve de exemplo àquilo). A Bíblia está recheada de tipos, como por exemplo:

Moisés foi um tipo de Cristo (Heb. 3:1-3) / O Tabernáculo (Santo dos Santos) é um tipo do Céu (Heb. 9:2-11) / Os Israelitas e as suas falhas no deserto é um tipo das dificuldades presentes (I Cor. 10:4); Ver outros tipos como Eliezer, José, Rute, Abraão, Asenate, Isaque, Rebeca, etc....

O inverso desta situação chama-se Antitipo, como por exemplo: Cristo é um Antitipo da Rocha no deserto (ICor 10:4)

Os tipos por si só não servem para fazer doutrina mas apenas para nos ajudarem a compreender verdades maiores

 

2. TIPIFICAÇÃO NA EPISTOLA A FILEMON

Se considerarmos que Filemon representa Deus na qualidade de Senhor de servos; que Paulo representa Cristo no papel da mediação e disposição de pagar o preço; e que Onésimo é a personificação do ser humano enquanto fugitivo, rebelde contra seu Senhor, assim poderemos retirar ensino espiritual para as nossas vidas, vejamos:

- O ser humano (“Onésimo”) criado por Deus à sua imagem e semelhança e que foi colocado sobre toda a criação1, servia a Deus (“Filémon”) no jardim do Éden. No entanto o homem/mulher (“Onésimo”) desobedeceu, escondeu-se2, afastou-se de seu Senhor (“Filémon”) e nestas circunstâncias segundo a lei (“Justiça de Deus”) era digno de morte3. Mas Cristo (“Paulo”) foi enviado para pagar o preço do pecado do homem4 (“Onésimo”) servindo de único mediador5 (“Paulo”), intercedendo por nós ao Pai6 (“Filémon”), sujeitando-se a pagar o preço de modo que todos os homens e mulheres (“Onésimo”) que se chegarem a Cristo7 (“Paulo”) encontram perdão diante do Pai (“Filémon”), voltando à antiga comunhão de Deus8 (“Filémon”).

 

Referências:

1 – Gen. 1:26 / 2 – Gén. 3:8 a 11 / 3 – Rom. 5:12 / 4 – Gál. 3:13 /

5 – I Tim. 2:5 e 6 / 6 – Heb. 7:25 / 7 – Heb. 4:16 / 8  I João 1:3

 

3. CONCLUSÃO

Na verdade o tema bíblico é Cristo e este livro mostra-nos a redenção por e em Cristo como podemos verificar no aspecto “mercado” na soteriologia:

Antes: Escravos (João 8:34) >> Em Cristo: REDENÇÃO (ITim 2:5,6) >> Agora: Libertos (João 8:36) >> Na eternidade: Reis e Sacerdotes (Apoc 5:9,10)

17 julho 2006

Epistola a Filémon - Lição 3

LIÇÃO 3 – PERGUNTAS PERTINENTES

TEXTO BASE: Filémon 1 a 25

 

1. INTRODUÇÃO

A Bíblia é um livro de ensino por excelência para o cristão nas situações práticas do dia a dia, quer através de ensinos directos (os mandamentos, conselhos, etc) quer através de exemplos tanto positivos como negativos (ICor 10:6,10-12); Neste sentido analisaremos algumas questões que poderão ser levantadas e a forma como Paulo respondeu/actuou

 

2. PERGUNTAS PERTINENTES

1º Paulo não poderia ter ocultado a situação a Filemon ficando com o Onésimo a seu serviço? (Filem 1:13,14)

- A resposta prende-se com o exemplo cristão: Paulo não iria tomar nenhuma atitude que pudesse servir de tropeço à fé de Onésimo ou Filemon (Rom 14:1 a 13; Tito 2:7-10); O evangelho pregado só terá valor se for também vivido

2º Paulo não poderia com autoridade apostólica ter ordenado a Filemon que recebesse ou alienasse Onésimo? (Filem 1:8-10)

- O assunto era de ordem doutrinária, Paulo poderia ter invocado o ensino de Jesus a respeito do Perdão (Mat 6:12,14,15) no entanto… O ensino das escrituras sagradas mostra-nos que existe autoridade apostólica e que a mesma deve ser reconhecida (Tito 2:15; Heb 13:17)  (o exemplo maior é o de David que reconhecia a autoridade de Saul apesar de tudo (ISam 24, 26)) no entanto não por imposição mas por exemplo e Paulo nunca utilizaria a sua autoridade apostólica em proveito e/ou beneficio próprio. (IITess 37-9; IICor 1:23,24; IPed 5:1-3);

3º Porque Paulo não condenou a escravidão? A oportunidade era excelente, no entanto Paulo reconheceu o senhorio de Filemon, porquê? (Filem 1:14-17)

- Paulo poderia ter aproveitado o momento mas pesando as circunstancias esse procedimento afectaria mais do que ajudaria a igreja (ICor 10:31-33) dado que a base da sociedade eram os escravos, em vez disso apresenta os princípios básicos da abolição: Recebe-o como irmão amado. (v.16; Ef 6:9)

 

3. CONCLUSÃO

Grandes exemplos e a serem seguidos, nesta pequena epistola aprendemos nestes particulares a ser um exemplo para com os outros mesmo que isso afecte a nossa vida pessoal; Aprendemos acerca de respeitar e fazermo-nos respeitar pelo exemplo e vivência espiritual; Aprendemos como tratar problemas grandes ou pequenos sabendo que mais do que o nosso desejo ou vontade está o bem da igreja onde servimos ao Senhor

14 julho 2006

Epístola a Filémon - Lição 2

LIÇÃO 2 – EXEMPLOS E ENSINOS

TEXTO BASE: Filémon 1 a 25

 

1. AS PERSONAGENS NA EPISTOLA

- PAULO (Lt. pequeno, menor: interessante que Saulo (grande, acima dos outros) tornou-se em Paulo (menor) com Cristo): O emissor da carta, apresenta-se a si mesmo como prisioneiro (v.1) (uma apresentação não usual), sofrendo por causa do evangelho que anunciava; Velho (v.9) (Gr. Presbutes: poderá indicar também embaixador); Apresenta-se como o menor, o servo, colocando-se na real posição de todo o crente segundo o seu próprio ensino e exemplo de Cristo (Filip. 2:3-5; Mat 23:8-12),

FILEMON (Gr. Alguém que beija): O destinatário da carta é elogiado de várias formas (usual nas epistolas de Paulo) destacando o amor e a fé demonstrado para com todos os santos e rogando para que essa fé e amor seja revelada ainda mais, de uma forma prática (Tiag 2:14-20; Ef 6:5-9)

ONÉSIMO (Gr. Proveitoso, útil): Razão de ser da carta: É apresentada a sua situação real: Paulo reconhece a sua inutilidade (v.11), e o prejuízo causado (v.18) mas fala da transformação ocorrida pela salvação (v.16) que o modificou de forma a ser útil e proveitoso: Na vida do crente tem que haver uma transformação clara e visível também (ICor 6:8-11; Col 3:5-14)

 

2. A EPISTOLA

Paulo começa por falar ao coração de Filemon, realçando as suas boas acções e atitudes (v.5 e 7), falando ainda de si mesmo: velho, gasto e agora até prisioneiro por causa do evangelho (v.9). Só no verso 10, Onésimo é citado pela primeira vez: fazendo um jogo de palavras acerca da não utilidade no passado e utilidade presente de Onésimo (era não onésimo mas agora onesimo) para Paulo e até para Filemon. (v.11), demonstra ainda respeitar as decisões de Filemon (v.14) e depois de ter criado uma boa disposição no coração de Filemon, Paulo vai ao assunto principal e pede, pede (2 vezes: Gr. Parakaleo: rogar) que Onésimo seja recebido como irmão, como a mim mesmo. (v.17); Sem deixar Filemon respirar diz ainda que está disposto a pagar alguma divida ou dano provocado pelo escravo fugitivo, deixando no ar, ao mesmo tempo a dívida de Filemon. (v.19); Finalmente termina confiando plenamente nas decisões, colocando a responsabilidade sobre Filemon. (v.21)

 

3. CONCLUSÃO

Esta epístola revela o coração de Paulo, revela Paulo no trato particular, na forma pessoal de lidar com os irmãos, na sua forma de tratar assuntos complicados, demonstrando que somos servos uns dos outros (Rom 15:2-7), que mais que ordenar devemos pedir e dar o exemplo (I Ped 5:3), colocando como nosso maior bem a fé e o amor em Deus na pessoa do próximo (Mat 25:34-40)

13 julho 2006

Epístola a Filémon - Lição 1

LIÇÃO 1 – INTRODUÇÃO E PROPÓSITOS

TEXTO BASE: Filémon 1 a 25

 

1. O AUTOR E A EPISTOLA

- A própria epistola revela o seu autor como sendo Paulo, e tal é confirmado pelo estilo literário e por comparação com a carta aos Colossenses. (v. 1;9;19); Aliás através dos nomes mencionados chegamos à conclusão que foi escrita e possivelmente enviada juntamente com esta. (Col 4:8,9)

- Provavelmente foi escrita cerca do ano 62 ou 64 A.D. em Roma durante a 1ª prisão de Paulo (chamada – como outras – por esta razão como cartas da prisão). (Actos 28:16 a 31)

 

2. CARACTERISTICAS

- É uma carta pessoal, tratando de um assunto particular entre Paulo e Filémon, provavelmente um cidadão abastado de Colossos e sua família: Áfia (esposa?) e Arquipo (filho?); supõe-se ainda que Arquipo seria o pastor ou um dos Pastores de Colossos. (v.2;Col 4:17)

- É uma carta que nos revela a humildade e um pouco do próprio coração e integridade do apóstolo. (v. 9;18;19), alem do sentido de ética nos relacionamentos entre irmãos, num padrão que serve de exemplo para os nossos dias, sendo o tema desta epístola: Perdão ou Reconciliação.

- Esta carta, trata de um problema social na igreja primitiva – a escravatura – apresentando sem ferir a solução desta dificuldade complexa

 

3. DIVISÕES E PROPÓSITO

A – Saudação e introdução. (v.1 a 7): Saudação costumeira de Paulo não como apóstolo, mas como cooperador, irmão, amigo à casa Filemon, destacando o positivo na fé desta família

B – Apelo em favor de Onésimo. (v.8 a 21): Filemon um crente amigo e hospedeiro de Paulo muito provavelmente filho espiritual do apóstolo tinha um escravo de nome Onésimo que roubou a seu senhor e fugiu para Roma passando despercebido na capital do império romano. Segundo a lei o escravo que incorresse nestas acções no mínimo era marcado na testa com a letra F (do latim Fugitivus) podendo ser torturado, mutilado ou até crucificado para exemplo. Mas em Roma, Onésimo ouve o evangelho através de um prisioneiro de nome Paulo (esse mesmo!), aceita O Cristo nazareno como seu Salvador, e até ajuda o apóstolo no seu trabalho evangelístico. Paulo agindo de acordo com a ética cristã reenvia Onésimo ao seu senhor, intercedendo através desta carta, estando disposto a pagar onde houvesse dano e rogando (embora pudesse ordenar) a Filémon que recebesse Onésimo como irmão em Cristo.

C – Conclusão. (v.23 a 25): Saudações finais e indicação de visita próxima, reparemos nas semelhanças de nomes na conclusão da carta a Colossos

12 julho 2006

Epistola a Filemon

Terminei uma serie de lições na Escola Dominical (classe de adultos), sobre a Epistola de Filemon, que terei o prazer de partilhar convosco ao logo de 4 posts.

COMENTEM!!! CRITIQUEM!!! ACRESCENTEM!!!

Antes de mais segue o indice e a respectiva bibliografia:

INDICE

A – Introdução e Propósitos (Filemon 1 a 25)
1. O Autor e a Epistola
2. Características
3. Divisões e Propósito

B – Exemplos e Ensinos (Filemon 1 a 25)
1. As Personagens na Epistola
2. A Epistola
3. Conclusão

C – Perguntas Pertinentes (Filemon 1 a 25)
1. Introdução
2. Perguntas Pertinentes
3. Conclusão

D – Redenção de Cristo em Filemon (Filemon 1 a 25)
1. Tipologia Bíblica
2. Tipificação na Epistola a Filemon
3. Conclusão

B - BIBLIOGRAFIA
- Bíblia de Estudo Pentecostal, ARC – CPAD
- Nova Bíblia dos Capuchinhos – Difusora Bíblica, 1998
- José Apolonio da Silva – Epistolas Paulinas III – EETAD, 2ª Ed. 1997.
- Genésio Pires – O Atalaia – Boletim informativo da Assembleia de Deus de Vila Chã
- Henrietta E. Mears – Estudo Panorâmico da Bíblia – Vida, 1997
- Orlando S. Boyer – Pequena Enciclopédia Bíblica – Vida, 1978
- F.B. Myers – Comentário Bíblico Devocional – Editora Betânea, 1992
- F. Davidson – Novo comentário da Bíblia – Edições Vida Nova, 2002
- Mathew Henry – Comentário Bíblico de – CPAD, 2002

03 julho 2006

Nova entrada na blogosfera: BSTEEN


Um novo blog para lideres e professores de adolescentes para partilha de ideias, testemunhos, dicas, etc

Excelente ideia!!! Aconselho a participação activa!