28 janeiro 2010

Ups... Realizei que nunca tinha postado um poema

Segue um para redenção atribuido (segundo o mail que me chegou....) a António Lobo Antunes... apropriado para estes tempos frios

Pachos na testa, terço na mão,
Uma botija, chá de limão,
Zaragatoas, vinho com mel,
Três aspirinas, creme na pele
Grito de medo, chamo a mulher.
Ai Lurdes que vou morrer.

Mede-me a febre, olha-me a goela,
Cala os miúdos, fecha a janela,
Não quero canja, nem a salada,
Ai Lurdes, Lurdes, não vales nada.

Se tu sonhasses como me sinto,
Já vejo a morte nunca te minto,
Já vejo o inferno, chamas, diabos,
Anjos estranhos, cornos e rabos,
Vejo demónios nas suas danças
Tigres sem listras, bodes sem tranças
Choros de coruja, risos de grilo
Ai Lurdes, Lurdes fica comigo

Não é o pingo de uma torneira,
Põe-me a Santinha à cabeceira,
Compõe-me a colcha,
Fala ao prior,
Pousa o Jesus no cobertor.
Chama o Doutor, passa a chamada,
Ai Lurdes, Lurdes nem dás por nada.

Faz-me tisana e pão de ló,
Não te levantes que fico só,
Aqui sózinho a apodrecer,
Ai Lurdes, Lurdes que vou morrer

25 janeiro 2010

A propósito da reportagem: "Filha Roubada"

Parece-me a mim que o movimento evangélico em Portugal começa a sair da casca... Timidamente é verdade... mas começa a notar-se...

Olhando para as reacções generalizadas e transdenominacionais a um ataque ignorante e maldoso de uma peça de mau jornalismo, faz-me pensar que mudanças estão em curso na forma de estar dos cristãos evangelicos em Portugal.
Aliás, o mesmo aconteceu recentemente após a publicação de um certo livro e declarações eivadas de preconceito e radicalismo ateu do seu autor

A mudança mais sensivel, foi que o protesto e a reacção saiu da igreja e dos restrito nucleo local e passou a estar publicitada em sites, blogs e redes sociais, "obrigando" até, os orgãos representativos - como a Aliança Evangélica - a tomadas de posição que chegam aos meios de comunicação social e numa segunda fase (pelo menos, é implicitamente ameaçado) chegará aos tribunais.

A razão tem como origem uma cultura própria da sociedade de hoje, mais disposta a afirmar os seus direitos por força da liberdade de expressão e da democratização da cultura e que naturalmente chegou a crentes de segunda e terceira geração, que provavelmente terão dificuldade em se afirmar pelo evangelismo tradicional de porta em porta, mas que erguem a cabeça e se assumem como cristãos ciosos da sua diferença nas empresas onde trabalham e na internet

A vantagem imediata é que as barreiras de pedra erguidas ciosamente entre as denominações, passam a ser barreiras apenas virtuais que subsistem ainda (e subsistirão concerteza) mas sem o peso, a distancia e a demarcação de outrora

A opinião que tenho sobre este sair da toca e o não têr medo de emitir e discutir as opiniões seja em que palco for é que a sociedade passará a olhar para nós, os cristãos evangélicos, com a seriedade e respeito que é exigido num país verdadeiramente culto e democrático

21 janeiro 2010

Não havia necessidade...

Foi gratuita a forma como o "lar de Betânea" foi tratado na reportagem de ontem da RTP1 "Linha da Frente". Não havia mesmo necessidade...

Não havia necessidade de demonstrar tanta ignorancia (prefiro pensar assim...) acerca do lar em questão, acerca do movimento evangélico em Portugal e acerca mesmo do modo de funcionamento das IPSS's em geral...

Não havia necessidade de demonstrar tanta irresponsabilidade ética e profissional (prefiro pensar assim...)não fazendo uma averiguação e pesquisa cuidada sobre o mérito reconhecido e publico do "lar de Betânea"

Enfim... Não havia mesmo necessidade...
 

03 janeiro 2010

Novo ano, Novo propósito

O ano passado (2009) definimos juntamente na congregação da Sra da Hora um versiculo como texto aureo do ano e que agora partilho neste blog:

"Semeai para vós em justiça, ceifai segundo a misericórdia; lavrai o campo de lavoura; porque é tempo de buscar ao SENHOR, até que venha e chova a justiça sobre vós." (Oséias 10:12)

Até porque a definição de um novo versiculo não nos deve fazer esquecer bons propositos tomados e também porque acredito ser tão actual e necessário hoje como no tempo em que Oseias inspirado pelo Espirito Santo o escreveu....