16 março 2010

Cristianismo ao Estilo Queirosiano ...

No final do livro "Os Maias" o Carlos da Maia e João da Ega reencontram-se em Lisboa depois de uma volta ao Mundo e do Carlos ter ficado em Paris uns 10 anos e falam, relembram, apreciam a Lisboa sempre igual manifestando-se mais maduros, mais cultos, mais adultos e até bem mais ponderados dizendo que não vale a pena correr por nada... até que passa um "americano" (taxi da altura) e é vê-los correr desalmadamente atrás do veículo....
Vivemos o cristianismo de hoje, passados cento e tal anos, da mesma forma olhando com alguma benevolencia a geração anterior e com alguma descrença na geração futura, arrazoando sobre nossos méritos,  capacidades, brilhantismos, tendo as respostas e soluções, sendo o esteio, o pilar... e depois nas situações práticas e simples desdizemos o que tinhamos afirmado e caímos como os demais no poço da nossa própra arrogancia...

(estou mesmo a falar de mim...mas não se preocupem isto passa)

2 comentários:

Jorge Oliveira disse...

Gostei do texto (Grande Eça!)

Confesso que sou um pouco céptico com relação à nova geração. Demasiada superficialidade e pouco compromisso com Deus e com a Obra.
Mas, talvez exista um ponto de equilíbrio entre o facto de valorizarmos as gerações passadas e incentivarmos, com o nosso exemplo de serviço, as gerações mais novas.

O que frequentemente esqueço, é que de facto, quem mantém no presente e faz frutificar no futuro a Obra de Deus, não somos nós, mas o Senhor da Obra. E Ele quer usar-nos nessa sua intervenção maravilhosa.

Um abraço.

Davide Vidal disse...

Não sei... talvez seja normal essa ideia a cada geração... ou então são só certas fases...